Monitoramento aponta que seca extrema predominou no Sudeste do estado em setembro

Apesar do quadro atual, há expectativa de melhora gradual a partir do final do ano. O

Foto: Divulgação

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O cenário climático do Piauí em setembro de 2025 mostra uma continuidade do período de seca no estado, conforme apontam dados do Monitor de Secas, ferramenta que acompanha mensalmente a intensidade e a duração desse fenômeno em todo o país. O levantamento indica variações nas condições de umidade do solo, com áreas do Sudeste piauiense apresentando registros de seca mais intensa, ou seja, na região predomina a seca extrema.

As informações foram apresentadas pelo climatologista Pedro Aderaldo, da sala de monitoramento da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que detalhou os resultados e os fatores que influenciaram o comportamento climático do período. Ele destacou que o monitor não tem caráter de previsão, mas apresenta um retrato consolidado das condições observadas no mês analisado — neste caso, setembro — e sua comparação com os meses anteriores.

“O que observamos é uma ampliação da área de seca extrema no Sudeste do estado. No Norte, há prevalência de seca fraca a moderada; no Centro-Norte, seca moderada e grave; e no Sudoeste, seca grave e extrema”, detalhou Pedro.

O climatologista explica que o aumento da seca extrema está diretamente relacionado ao déficit de chuvas entre janeiro e abril, período em que as precipitações ficaram abaixo da média histórica. Esse comportamento comprometeu a umidade do solo, os reservatórios e a vegetação, acentuando os impactos ambientais e econômicos em regiões que dependem fortemente da agricultura e da pecuária.

As análises reforçam que a seca tem sido persistente e de longa duração, sobretudo nas faixas Centro-Sul e Sudeste do estado, regiões que vêm registrando os maiores impactos nos últimos meses. Apesar do quadro atual, há expectativa de melhora gradual a partir do final do ano. “As previsões indicam que a seca deve persistir em outubro, novembro e dezembro, mas as categorias mais severas começam a ceder em janeiro, quando as chuvas voltam a predominar”, finalizou.

O Monitor de Secas é uma ferramenta essencial para orientar políticas públicas de mitigação dos efeitos da seca, auxiliando o estado na gestão de recursos hídricos e no planejamento de ações emergenciais. Com os indicadores de setembro, o Piauí reforça a importância da vigilância climática contínua e da adoção de medidas preventivas, desde o manejo adequado da água até o apoio a comunidades mais vulneráveis.

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