Cães, gatos e urubus aparecem mortos em Campo Maior; polícia investiga envenenamento

Moradores da localidade Tucunzeiro denunciaram o caso à Polícia Civil após dezenas de animais aparecerem mortos; perícia investiga possível uso de veneno proibido.

Foto: Divulgação

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Moradores da localidade Tucunzeiro, na região do Pé da Serra, zona rural de Campo Maior, denunciaram à Polícia Civil a morte de cães e gatos com fortes indícios de envenenamento. O caso ocorreu no último fim de semana e causou revolta e preocupação ambiental na comunidade. Urubus que se alimentaram das carcaças também apareceram mortos.

A denúncia foi registrada na sexta-feira (17) e, segundo os moradores, o crime teria sido cometido na área onde há grande presença de animais domésticos, tanto os criados em residências quanto os que vivem abandonados.

A Polícia Científica do Piauí esteve no local no domingo (19) para recolher os corpos e iniciar os procedimentos periciais. Ao todo, foram encontrados sete cães, dois gatos e cerca de 20 urubus mortos ou com sinais de intoxicação. O objetivo da perícia é confirmar se houve uso de substâncias químicas ilegais e identificar o tipo de veneno utilizado.

“A denúncia foi feita ainda na sexta à noite, e no domingo o pessoal da perícia já estava em Campo Maior fazendo a análise do território e o recolhimento dos corpos. Infelizmente, já existiam relatos semelhantes em 2023, na mesma comunidade. Até animais que não tinham acesso à rua morreram com sinais de envenenamento”, contou Nívea Carvalho, protetora de animais e voluntária da ONG AdoteCM.

Moradores afirmam que o problema pode estar ligado à venda irregular de “chumbinho”, um tipo de veneno altamente tóxico, cuja comercialização é proibida no Brasil. O uso e venda indevidos do produto podem resultar em morte de animais e riscos à saúde humana.

“Precisamos de ações além das investigações. Mesmo que o culpado não seja descoberto, é urgente fiscalizar os estabelecimentos que vendem chumbinho e outros venenos sem controle. Essa prática coloca em risco não só os animais, mas também o meio ambiente e os lençóis freáticos da região”, alerta publicação da ONG AdoteCM.

O morador Miguel, que denunciou o caso à ONG, afirmou que a polícia já esteve na comunidade, mas ainda não deu retorno sobre os próximos passos da investigação.

A ONG Adote CM informou que pediu o apoio do Ministério Público do Piauí (MPPI) e do Procon para intensificar a fiscalização da venda de produtos tóxicos em Campo Maior e em todo o estado. 

 

Fonte: Cidade Verde

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