Advogado é preso com 'grupo do tráfico' na Operação Fragmentado II em Teresina

As investigações apontam que um grupo recebia ordens de um detento diretamente do presídio

Foto: Divulgação/GAECO; Conecta Piauí

 Foto: Divulgação/GAECO; Conecta Piauí

Um advogado, identificado como David Pereira de Sá, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (22/10), durante a segunda fase da Operação Fragmentado, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em Teresina. A operação prendeu, até o momento, quatro pessoas e visa desarticular uma organização criminosa com forte atuação no tráfico de drogas. 

Advogado é preso por tráfico de drogas na Operação Fragmentado II em Teresina
Advogado é preso por tráfico de drogas na Operação Fragmentado II em Teresina Foto: Divulgação

A investigação busca desmontar um grupo envolvido em diversos crimes, como tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro e uso de identidade falsa. Na primeira fase da operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão. Mesmo com as prisões iniciais, o grupo continuou as atividades sob o comando de Vagner da Silva Carvalho, que, mesmo encarcerado, ainda liderava o tráfico de drogas.

Advogado é preso por tráfico de drogas na Operação Fragmentado II em Teresina
Advogado é preso por tráfico de drogas na Operação Fragmentado II em Teresina-  Foto: Divulgação/GAECO

Nesta segunda fase, as investigações apontam que os envolvidos recebiam e executavam ordens de Vagner diretamente do presídio. O advogado David Sá teria sido peça fundamental nesse esquema, atuando como intermediário entre Vagner e seus comparsas, transmitindo instruções sobre a comercialização de drogas e a ocultação de recursos ilícitos.

Além disso, foi revelado um esquema de falsa identidade, no qual advogados facilitaram a entrada da namorada de Vagner no sistema prisional do Piauí, disfarçada como advogada. Essa estratégia foi utilizada para manter as operações do grupo criminoso ativas.

A operação contou com o apoio da Polícia Civil, do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e da Polícia Militar, além dos GAECOs dos estados do Maranhão e Amazonas. O Instituto de Biometria Forense da Polícia Civil do Piauí também prestou suporte pericial às investigações.

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