A estudante de Física da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Josielly Figuêredo, conseguiu uma conquista inédita: nomear um asteroide em homenagem à capital piauiense. Agora, o corpo celeste que antes era identificado provisoriamente como 2023 QY16 passou a se chamar (792972) Teresina, reconhecido oficialmente pelo Minor Planet Center, da Universidade de Harvard, e divulgado pela União Astronômica Internacional (IAU).

A descoberta original do asteroide foi feita pelo observatório Mount Lemmon Survey, nos Estados Unidos. Apesar de os créditos formais serem do observatório, Josielly foi convidada a sugerir um nome para o objeto. A oportunidade surgiu por meio do programa de ciência cidadã Caça Asteroides (IASC), realizado em parceria com a NASA, que permite que voluntários analisem imagens em busca de novos corpos celestes.

“Quando o asteroide foi numerado, o Mount Lemmon entrou em contato e me deu a chance de escolher o nome. Não pensei duas vezes: escolhi Teresina, a cidade onde vivo”, contou a estudante.

Josielly explica que o processo é longo: “Primeiro, analisamos pacotes de imagens e enviamos para o IASC. Alguns candidatos viram provisórios. Quando recebem numeração definitiva, podem ser nomeados. E foi assim que Teresina entrou para o mapa do espaço”.

Apaixonado pelo universo desde criança, a estudante lembra que documentários sobre buracos negros e estrelas de nêutrons foram sua porta de entrada para a ciência. “Eu sempre gostei dos capítulos finais dos livros de Ciências, aqueles que falavam sobre o cosmos. Lia antes mesmo dos professores pedirem”, lembra.

O (792972) Teresina orbita no Cinturão Principal de Asteroides, localizado entre Marte e Júpiter. Para Josielly, a homenagem é uma forma de eternizar a capital piauiense no universo: “É uma alegria poder levar o nome da nossa cidade para o espaço”.

Fonte: Odia