Líderes religiosos pregam paz após caso de intolerância em Boqueirão do Piauí

Uma semana após episódio de intolerância em um velório, padre Leandro Melo e pastor Joaquim Neto reforçaram a importância do respeito entre religiões e trocaram um abraço simbólico em sinal de paz e união.

Foto: Reprodução

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Uma semana após o episódio de intolerância religiosa ocorrido durante um velório em Boqueirão do Piauí, o padre Leandro Melo, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, e o pastor Joaquim Neto, da Assembleia de Deus se encontraram e falaram sobre o assunto em entrevista para o jornalista Helder Felipe da TV Meio. 

Os líderes religiosos lamentaram a agressão e destacaram que o ato foi isolado, não representando a postura das comunidades católica ou evangélica da cidade. Ambos reforçaram a importância do respeito mútuo, do diálogo e da convivência pacífica entre diferentes crenças, sobretudo em momentos de dor.

“De forma nenhuma, nós apoiamos esse tipo de comportamento. Não justifica, nunca justificará, porque queremos viver em paz."  Destacou o pastor Joaquim Neto.

O pastor ainda ressaltou que o exemplo de Jesus é claro, e reforçou:

"Foi o que Jesus ensinou. Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou'. Esse incidente foi algo que realmente marcou, mas é importante frisar que não é reflexo do que acreditamos.", afirmou o pastor Joaquim Neto.

O padre Leandro Melo também destacou que a missão das igrejas:

“ É levar o amor, pregar o amor. Primeiro mandamento da lei de Deus nos diz: "Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos". E a lição que fica é que isso não se repita, não só por parte dos cristãos evangélicos, mas também dos católicos, de todas as denominações cristãs e também que não sejam cristãs, que nós possamos viver o amor, que foi isso que Jesus pregou. E que não se torne também, como a gente tá vendo aí, uma causa de guerra religiosa.  A religião católica é melhor, a dos evangélicos são piores ou os evangélicos são melhor, católico pior. Não, isso não é para se transformar numa guerra religiosa, pelo contrário. ”.

Ao final da entrevista, padre e pastor trocaram um abraço como gesto simbólico de reconciliação e unidade entre as comunidades religiosas.

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