MP pede a prisão de Lokinho diante de indícios de interferência nas investigações em Teresina

Segundo o MP, há indícios de que o acusado poderia interferir na apuração, como indicam os relatos e vídeos que sugerem trocas de posição no veículo

Fonte: Portal A10+

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O promotor Ubiraci de Sousa Rocha, da 14ª Promotoria do Júri do Ministério Público do Piauí, requereu a prisão preventiva de Pedro Lopes Lima Neto, vulgo “Lokinho”, pelas mortes de Kassandra de Sousa Oliveira e Marly Ribeiro da Silva, no acidente de trânsito ocorrido no dia 6 de outubro deste anoDuas crianças também ficaram feridas. 

De acordo com o MP, os elementos nos autos demonstram a participação de Lokinho no acidente. Como proprietário do veículo, o influencer permitiu que seu parceiro, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa, dirigisse o carro mesmo sem possuir habilitação, o que culminou no acidente fatal. Para o promotor, há ainda, relatos e provas que sugerem uma possível tentativa de ocultar responsabilidades após o fato. 

Pedro Lopes Lima e o namorado são réus no caso. Para o Ministério Público, há claros motivos que embasam a decretação da prisão do influencer, tais como: 

• Garantia da Ordem Pública: A natureza grave do delito imputado ao réu, consistente em duplo homicídio e lesões corporais graves, além das circunstâncias do crime — em que Pedro Lopes Lima Neto, vulgo “Lokinho” permitiu que uma pessoa não habilitada conduzisse seu veículo, resultando em morte e ferimentos graves — indicam a necessidade de resguardar a ordem pública e prevenir possíveis reiterações delitivas. Ademais, o tumulto gerado no local do acidente e o risco de novos incidentes caso o acusado permaneça em liberdade evidenciam a necessidade de resguardar a ordem pública. 

• Gravidade dos Fatos e Comoção Social: O acidente resultou em duas mortes e lesões graves em crianças, o que provocou forte reação da comunidade e gerou uma situação de violência no local, inclusive com a ocorrência de disparos de arma de fogo.  “Lokinho” pode causar insegurança e intranquilidade na sociedade. 

• Comparação com o Co-Réu e Risco de Ocultação de Provas: Considerando que o co-réu Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa encontra-se preso preventivamente, a liberdade de Pedro Lopes Lima Neto poderia comprometer a coerência da aplicação da lei e a eficácia da instrução processual. Além disso, há indícios de que o acusado poderia interferir na apuração dos fatos, como indicam os relatos e vídeos que sugerem trocas de posição dentro do veículo. 

• Aplicação da Lei Penal: A prisão preventiva é essencial para garantir que o acusado compareça aos atos processuais, especialmente considerando o tumulto gerado no local do acidente e o risco de novas perturbações à ordem social, caso “Lokinho” seja mantido em liberdade

“Assim, considerando a gravidade e a repercussão dos fatos, bem como a necessidade de preservação da ordem pública, da integridade do processo e da aplicação da lei, é imperativa a custódia cautelar do acusado”, reitera o promotor.  

 

 

Fonte: Portal A10+

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